Motociclista que morreu em acidente próximo a Poté tentava atingir 200 km/h

Motociclista pede para gravar manobra e acaba sendo filmado a própria morte

Motociclista que morreu em acidente próximo a Poté tentava atingir 200 km/h
Foto: Instagram
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Um trágico acidente na MG-217, entre Poté e Teófilo Otoni, resultou na morte de Ulisses Júnior, de 44 anos, na tarde deste domingo (20). Segundo testemunhas, ele estava em alta velocidade e havia pedido para que uma manobra sua fosse gravada, com o objetivo de atingir a impressionante marca de 200 km/h.

O acidente ocorreu próximo ao distrito de Sucanga/MG, a cerca de 2h42m (188 km) de Nanuque. Ulisses seguia em uma reta quando se aproximou de uma entrada à esquerda na rodovia. O motorista de um veículo Honda, que não respeitou as normas de segurança, fez uma conversão perigosa e invadiu a contramão. Sem tempo para reagir, Ulisses colidiu violentamente contra a lateral traseira do carro.

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A força do impacto destruiu parte do veículo, ferindo o motorista, que sofreu escoriações, e uma passageira, que teve ferimentos mais graves. O condutor foi levado ao pronto atendimento de Poté, enquanto a mulher precisou ser encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para um hospital em Teófilo Otoni.

Ulisses foi arremessado por vários metros e morreu na hora. Morador de Ladainda, cidade que fica a 40 km de Teófilo Otoni, na rede social, Instagram, é possível ver sua paixão por motocicletas.

Análise: Quando duas imprudências se encontram

O acidente que tirou a vida de Ulisses Júnior levanta questionamentos profundos sobre a responsabilidade no trânsito. Duas imprudências foram registradas ao mesmo tempo: de um lado, o motociclista em alta velocidade, em uma via cujo limite era muito menor; de outro, o motorista do carro, que realizou uma conversão incorreta, violando as regras de trânsito e impossibilitando qualquer chance de defesa do motociclista.

Um detalhe intrigante e perturbador é a presença de um cinegrafista amador que gravava o que seria a tentativa de Ulisses de atingir 200 km/h e acabou filmando sua morte.

O acidente também nos leva a refletir sobre o que poderia ter ocorrido se as circunstâncias fossem levemente diferentes: e se Ulisses estivesse com um passageiro na moto? E se, no carro, houvesse uma criança no banco traseiro, na mesma lateral atingida pela moto? E se tivesse ocorrido um racha com outros veículos? A tragédia poderia ter se multiplicado.

Este caso evidencia que a combinação de velocidade excessiva e desrespeito às normas de trânsito é um convite para desastres. Talvez, o destino tenha reservado uma lição fatal ao motociclista e, ao mesmo tempo, uma advertência severa ao motorista. A investigação do acidente determinará as responsabilidades e as consequências legais, mas, independentemente disso, ambos os envolvidos já sofrem com as consequências trágicas da imprudência no trânsito.