STF mantém prisão de radialista Roque Saldanha após rompimento de tornozeleira e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva do radialista e repórter investigativo Roque Saldanha, conhecido por sua atuação em redes sociais e participação em grupos de WhatsApp, inclusive na cidade de Nanuque. A decisão foi tomada neste sábado (21), durante audiência de custódia conduzida por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.

STF mantém prisão de radialista Roque Saldanha após rompimento de tornozeleira e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes
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Roque foi preso na última sexta-feira (20), em Colatina, Espírito Santo, após descumprir medidas cautelares impostas devido à sua condenação por incitar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Entre as violações, destacam-se a destruição de sua tornozeleira eletrônica e a publicação de um vídeo nas redes sociais onde ele insulta o ministro Moraes.

Sem novas medidas cautelares

Durante a audiência, nenhuma medida adicional foi imposta pela Justiça. Com isso, a prisão preventiva seguirá conforme os termos estabelecidos anteriormente. O radialista, que já era monitorado pelo dispositivo eletrônico, perdeu o benefício da liberdade vigiada após o episódio recente.

Defesa alega abuso e condições desumanas

A defesa de Roque Saldanha argumenta que o uso prolongado da tornozeleira eletrônica, que já se estendia por quase dois anos, ultrapassou o limite de 90 dias previsto por lei, configurando um "claro excesso de prazo".

“O dispositivo causou queimaduras e ferimentos na perna do meu cliente, algo que consideramos uma forma de tortura. Submeter uma pessoa a esse tipo de sofrimento é desumano e pode levá-la a atitudes extremas”, declarou o advogado do radialista em nota oficial. Ele também criticou o cerceamento do direito de Roque ao trabalho, afirmando que a situação é lamentável.

Repercussão

O caso de Roque Saldanha reacende o debate sobre o uso de tornozeleiras eletrônicas e o cumprimento de medidas cautelares. Enquanto apoiadores do radialista defendem que houve abuso por parte das autoridades, críticos apontam que suas ações recentes justificam o endurecimento das penas.

A prisão preventiva do radialista marca mais um desdobramento das investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, reforçando a vigilância sobre aqueles que descumprem decisões judiciais e promovem discursos antidemocráticos. O caso segue repercutindo amplamente, especialmente nas redes sociais e entre figuras públicas.