Motorista do ônibus abriu mão da folga com colega que precisou levar filho ao médico e motorista do bi-trem segue foragido

Segundo familiares, Weberton não estaria escalado aquele fim de semana, porém, ele teria trocado com um colega, que precisava levar o filho ao médico. A solidariedade, uma de suas marcas pessoais, acabou colocando-o na rota da fatalidade. “Ele era muito solidário e não pensou duas vezes em ajudar os amigos”, relatou sua irmã, que preferiu não ser identificada.

Weberton era um profissional experiente, com anos de estrada no transporte rodoviário. Ele havia trabalho como caminhoneiro e conhecia como poucos o trajeto de São Paulo à Bahia, que realizava frequentemente.

“Era um motorista experiente e morreu fazendo o que gostava”, lamentou a irmã, emocionada ao falar do amor de Weberton por sua profissão.

Enquanto a dor da perda ainda ecoa entre os familiares e amigos, o motorista do bi-trem envolvido no acidente segue foragido após abandonar o local, levantando questionamentos sobre o acidente mais grave deste ano já registrado na BR-116.

A polícia segue investigando a possível causa da tragédia, que trouxe à tona várias versões sobre o ocorrido. No programa Fantástico, da Globo, foi exibido o depoimento dos ocupantes de um carro também envolvido no acidente. Os três passageiros, que, apesar da gravidade da batida, sofreram apenas ferimentos leves, afirmaram ter visto o pneu do ônibus explodir antes da colisão, o que teria feito a traseira do veículo levantar. Já uma câmera de segurança, cuja imagem não é muito nítida, mostra apenas o momento em que o eixo traseiro do bi-trem com a pedra começa a tombar pouco antes do impacto que tirou a vida de 41 pessoas.

Cabe à polícia esclarecer os fatos e apontar a real causa do acidente, desvendando o mistério que envolve esta tragédia. Um desastre que ficará marcado para sempre nos corações dos paulistas, mineiros, baianos e de todo o Brasil.